Ainda vai levar algum tempo para a gente entender tudo o que aconteceu durante a crise sanitária. Não foi por falta de aviso, nem falta de informação. Foi sim uma ação articulada e que tem as digitais de muita gente interessada em desinformar, censurar e sabotar a verdade. O British Medical Journal mostrou o fio da meada e as Big Pharma fizeram a lição de casa.
Em agosto, mais um estudo, publicado pela Faculdade de Saúde Pública do departamento de Epidemiologia de Harvard, juntamente com o Ministério de Saúde da Espanha, desmontou uma das falácias irresponsáveis difundidas durante a pandemia, sobre tratamento precoce e a hidroxicloroquina. E agora, quem se responsabilizará pelas vítimas da certeza de médicos, cientistas, pesquisadores, jornalistas e juízes?
A informação sempre esteve disponível, mas precisava ser pinçada, em meio ao noticiário aterrorizador. Em 15 de junho de 2021, o virologista Dr. Paulo Zanotto deu uma entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, falando do uso da hidroxicloroquina, vacinas e bastidores da indústria farmacêutica. A mesma droga, que, junto com a ivermectina, salva milhares de vidas pelo mundo afora e era tratada, pela imprensa, políticos e instituições, como droga insegura e sem comprovação científica.
Profissionais como o Dr. Zanotto, experiente e com currículo respeitável, cada vez apareciam menos na imprensa. Pesquisadores de ocasião, blogueiros da ciência, médicos sem paciente e vínculos suspeitos com entidades e indústrias farmacêuticas, se tornaram “estrelas” nos noticiários. O jornalismo não checou fontes, trocou o profissionalismo pela militância e caiu em descrédito com o público.
A entrevista do Dr. Zanotto está disponível no Youtube, naturalmente, não se sabe até quando, diante da sanha censora das plataformas. Lá estão informações essenciais para entender o cenário da Covid-19 e um rápido histórico dos interesses políticos e comerciais envolvidos. É inacreditável que com tantas informações e a postura crítica em relação a atuação do Governo, nem assim o virologista não tenha caído nas graças da mídia. Porque, muito além da política, há uma questão econômica. Nos bastidores das agências sanitárias americanas, na corrida para agilizar o uso das vacinas era imperativo que não houvesse qualquer tipo de tratamento disponível.
O tempo e os caminhos resilientes da informação estão trazendo à tona os verdadeiros heróis da resistência desse período. Muitos tiveram suas carreiras comprometidas, foram vítimas de perseguição e calúnias, mas mantiveram a coerência e o compromisso com a ciência. Sem oportunismo e nenhum conflito de interesse.
Há, na academia e na imprensa, aqueles que ainda negam tratamento precoce, base da medicina para qualquer doença. A CPI da Pandemia documentou a atuação de políticos levianos, jornalistas militantes e cientistas patrocinados, perseguindo aqueles que defenderam a ideia óbvia dos cuidados médicos mais elementares.
Agora, quando as nuvens começam a se dissipar, muito lentamente, entendemos as escolhas da mídia. Especialistas, de currículo duvidosos ou pagos pela indústria farmacêutica, ganharam espaço nobre para difundir desinformação em nome da Ciência. A História há de nomear e responsabilizar esses profissionais em todas as áreas.
O papel da imprensa nesse episódio nunca foi informar. Essa entrevista é ilustrativa do papel da imprensa mundial. O desdobramento desse comportamento aqui foi a criação do Consórcio dos Veículos de Imprensa, em junho de 2020. O lado bom disto é que ficou claro os mecanismos que elegem os ungidos pela mídia e o cinismo por trás do critério editorial, que define a publicação das notícias.
O círculo de “especialistas” escolhidos, aqui e no mundo, esconde o conflito de interesses que movem currículos acadêmicos, mas não significam conhecimento. Do mesmo modo que a exposição nos noticiários cria especialistas, sem experiência alguma sobre o tema. Ao rever todas as orientações disponíveis até agosto de 2022, o CDC registra que nunca foi uma questão de ingenuidade ou inocência, mas de manipulação da informação.
Estamos diante de um admirável mundo novo que a internet nos oferece. Nele, a memória é infinita. Não se publica nada aqui que não tenha vida longa e duradoura. Se pensamos que seria o fim dos políticos oportunistas e mentirosos por natureza, ampliamos o espectro, que arrastou jornalistas, juízes e promotores, cientistas, pesquisadores e médicos, comprometendo carreiras. Agora todos sabemos o que fizeram na pandemia.
Por razões que só o tempo e a perseverança curiosa revelarão, vamos entender por que a imprensa escolheu seus ungidos e silenciou quem pensasse diferente. Já aprendemos muito sobre a indecência da censura e os danos que ela causa. Está na hora de entender porque as Big Tech, censuraram profissionais experientes, que divergiram das opiniões de governos, organismos e das Big Pharma.