Todas as medidas recomendadas pela OMS e seguidas, cegamente, pela maioria dos governos mundiais foram polêmicas. Duas, em particular, passaram dos limites, ao cercear e comprometer as liberdades individuais: a restrição de circulação e o uso de protetores faciais. Eufemismos à parte, falamos do famigerado lockdown e das indevidas máscaras.
Vamos tratar das máscaras. A imprensa passou e ainda passa tratando desse apetrecho como um dispositivo eficiente no controle da pandemia. A OMS disse uma coisa, depois voltou atrás. As agências americanas, na mesma linha, inicialmente foram céticas sobre sua eficácia e depois reconsideram a posição. Os e-mails divulgados do dr. Anthony Fauci revelaram a pouca ciência que está por trás dessa medida.
O recuo dos números da C19 fez com a maior parte dos brasileiros passasse a circular sem as máscaras, que permanecem obrigatórias para lugares específicos. É inacreditável que tenhamos passado mais de dois anos sem uma discussão séria e investigativa sobre o tema. O jornalismo, negando sua natureza, não duvidou e não perguntou. Não foi curioso e comprou a versão do consenso. Ao agir assim, a redação se transforma em igreja, onde quem manda na pauta são os dogmas.
Vários trabalhos foram publicados desde 2020. A mídia se preocupou mais em desqualificá-los do que propriamente em investigá-los. Um estudo dinamarquês colocou em xeque o mito da proteção. Pesquisadores americanos, de diversas universidades não foram capazes de constatar sua eficácia. O CDC faz um levantamento desde abril de 2020 e o atualiza permanentemente. Esse relatório registra que seu uso não altera a taxa de propagação do vírus. Apesar desses estudos, alguns governos e parte da imprensa tratam os protetores faciais como peça fundamental para evitar a disseminação do Sars-CoV-2.
Em março de 2022, um julgamento em andamento na cidade canadense de Calgary, em Alberta, trouxe algumas informações interessantes. Um depoente explica porque as famosas máscaras cirúrgicas N95 têm esse nome. Elas garantem a retenção de até 95% das partículas aerossolizadas. Ele lembra que o recurso foi feito para uso em salas cirúrgicas, tem como único objetivo, impedir a transmissão de sangue e saliva na sala. Sua capacidade de retenção é funcional para partículas de até 0,3 microns e seu uso é ocasional, não contínuo. Explicou que o Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19 mede 0,1 micron! Zero, Um micron? µm é definido como 1 milionésimo de metro (1 × 10-6 m) e equivalente à milésima parte do milímetro.
Um médico e pneumologista disse que os mandados de máscara para o público foram impulsionados por “um aspecto social e político… causando paranoia em massa, medo e pânico”. Isto talvez ajude a entender por que tanta gente ainda usa o protetor facial.