A discussão sobre as vacinas ainda vai render muitos debates.
Longe do final, os japoneses resolveram se antecipar e acrescentar, desde fevereiro de 2022, uma advertência no rótulo das vacinas, alertando para o risco de miocardite para os vacinados.
A polêmica, cada vez menos discreta, apesar do silêncio da imprensa existe. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) americano informa em seu site que “miocardite e a pericardite raramente são relatadas, especialmente em adolescentes e homens adultos jovens, após a vacinação contra a Covid-19”.
A decisão foi tomada pelo Ministério da Saúde japonês que informou, em 14 de novembro de 2021, que para cada milhão de homens vacinados com a Moderna, 81,79 deles, entre 10 e 19 anos, desenvolveram miocardite ou pericardite. Quando os vacinados utilizam a Pfizer, 15,66 deles, com idade entre 10 e 19 anos, desenvolvem a doença.
Os ingleses, diante dos riscos de miocardite, se posicionaram contra vacinas para crianças saudáveis entre 12 e 15 anos. O que está por trás da decisão é que os riscos seriam maiores do que os benefícios para os vacinados.
Nos EUA as vacinas eram recomendadas para maiores de 5 anos. O CDC realiza pesquisas com pacientes e profissionais de saúde para coletar informações sobre a miocardite. Mas em 11 de fevereiro de 2022, a Pfizer retirou seu pedido de Autorização De Uso Emergencial para vacinação de crianças menores de 5 anos.
Os dados disponíveis no VAERS (Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas), um serviço público para notificação de reações à vacina, em dezembro de 2021 já mostrava um aumento preocupante de miocardites. Isto, sem levar em conta, que a notificação é voluntária e o serviço tem baixa adesão.
Os japoneses, além de se opor à vacinação compulsória e condena a discriminação contra aqueles que optam por não serem vacinados. A Universidade de Nagasaki, em outubro de 2021, já estudava os efeitos adversos nos jovens após a injeção das doses da Moderna. Foram esses estudos que orientaram o governo a adotar os rótulos de alerta e dar transparência às informações para ajudar na decisão dos seus cidadãos.
Apesar desse debate intenso e atual nos EUA e no Japão, por aqui, vemos pouca discussão sobre essas questões na imprensa. Temos casos graves que resultaram em morte, como aconteceu com o advogado Bruno Graf, vacinado com a Astrazeneca, em agosto de 2021.