O mundo tem mudado muito e rapidamente. As mudanças ocorrem em diversos níveis e impactam nossa vida de várias formas. Nem sempre a imprensa dá conta e nessas horas descobrimos a força e o poder das redes digitais que deixam visíveis o que escapou à cobertura da mídia.
Em 22 de maio de 2022 se inicia a 75ª Assembleia Mundial da Saúde sob a tutela da OMS (Organização Mundial de Saúde) e seu diretor-geral, Tedros Adhanom. Lá será discutido, entre outros temas, um “acordo pandêmico”, que pretende ampliar ainda mais os poderes da agência. Na proposta deste acordo está a demanda para que sejam impostos bloqueios domésticos, a partir de recomendações da OMS.
O jornalista e escritor Matt Ridley traz reflexões interessantes e latentes nesse pacto proposto pela OMS. Em artigo publicado em 14 de maio de 2022, A WHO pandemic pact would leave the world at China’s mercy (Um pacto de pandemia da OMS deixaria o mundo à mercê da China), no jornal britânico The Telegraph, enumera uma série de inconsistências, para ser gentil, com a atuação da agência no enfrentamento dessa pandemia.
De novo, pouco se vê ou lê por aqui sobre questões sérias e com consequências graves por todos os cantos do planeta. O histórico do Tedros Adhano m à frente da OMS é sofrível, assim como a atuação da agência desde que ganhou caráter político e predominância da China.
A pandemia está redefinindo o jornalismo. Escrevi um livro documentando vários aspectos dessas transformações. Um dos efeitos colaterais desse processo é a crise de autoridade que colocou em xeque especialistas, de toda ordem, bem como instituições e organizações, em geral.
No livro dediquei algumas páginas à OMS e expus alguns indícios disponíveis na internet e que ilustram como deixou de ser uma instituição com preocupações científicas há tempos. Da produção de fake news à leniência com gritantes conflitos de interesses
Para refrescar a memória da imprensa, em 2010 a OMS foi processada pela União Européia por uma falsa pandemia. No mesmo ano, reportagem do British Medical Journal expôs os bastidores dos interesses que movem a organização em sintonia com a Big Pharma e a anuência das agências sanitárias de vários países.
Enfim, demos adeus à ilusão e só o cinismo de um mundo politicamente correto mantém intacto ou obscura as relações de interesse que se movem pelos bastidores da política e ciência. Vaidades, ambições e discursos altruístas se confundem, mas não sensibilizam a imprensa.