O tempo está expondo as mentiras e as soluções equivocadas que OMS, governos e agências de saúde, em várias regiões do mundo, com apoio das Big Pharma, tomaram, desde o início da pandemia. A responsabilidade por esses atos vai render muitos processos na Justiça pelo mundo afora porque a conta começou a chegar.
O ex-ministro britânico Rishi Sunak, em entrevista ao The Telegraph, reconheceu que o lockdown, sem a devida análise de seus efeitos, poderia ter produzido resultados muito menos desastrosos. Os custos desses atos começam a aparecer e sem relação direta com a Covid-19. O NHS, sistema público de saúde britânico está à beira de um colapso devido ao grande número de pacientes acometidos por outras enfermidades e que ficaram sem tratamento durante a pandemia.
Nos Estados Unidos, a Dra. Leana Wen, comentarista médica da CNN, disse, no final de agosto, depois de defender o uso obrigatório de máscaras, que os protetores faciais prejudicaram o desenvolvimento da linguagem do seu filho.
A Dra. Wen, no início da pandemia, era da equipe de apoio do governo de Joe Biden e defendeu o endurecimento de medidas restritivas contra a Covid-19. Agora, reconhece o erro: “Dado o quão cuidadoso fomos, não foi fácil mudar minha mentalidade para aceitar a Covid-19 como um risco recorrente“.
No início de setembro, o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), que está sob investigações no Congresso americano, em carta enviada pela Dra. Rochelle Walensky, diretora da agência, ao senador Ron Johnson relata que não forneceu todas as informações sobre o monitoramento da segurança das vacinas.
As vacinas continuam provocando grandes discussões nos EUA embora se leia pouco sobre isto no Brasil. Por lá, em algumas poucas cidades elas são obrigatórias. Em Washington, e New Orleans, a vacina é exigida para frequentar escolas. Mas, em New York, só é obrigatória para alunos que queiram participar de esportes ou atividades extracurriculares. Na Califórnia, uma lei estadual aprovada restringe a autonomia médica. A medida espera a sanção do governador. A Physicians For Informed Consent, reagiu à medida, que define como censura aos médicos que se opõem às vacinas e oferecem alternativas de prevenção e tratamento para a Covid-19.
Na Europa, a UKHSA (Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido) anunciou, em setembro, que não oferecerá mais vacinas contra Covid-19 para crianças menores de 12 anos. A medida irritou vários médicos, entre eles a professora Christina Pagel, da University College, em Londres. “Quando sabemos que há uma vacina segura e eficaz disponível, isso parece injustificável para mim”, disse ela ao The Guardian.
Pode parecer segura para a professora, mas o risco de crianças pequenas ficarem doentes com a Covid-19 é altamente improvável, de acordo com dados do Governo britânico. Além disso, esses mesmos dados mostram que o risco de miocardite em jovens do sexo masculino é real. Tudo disponível no Green Book14.
A decisão dos britânicos está alinhada com a de vários outros países europeus, como a Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca, que não recomendam vacinas de mRNA em crianças sadias. Uma medida preventiva que o Japão adotou no ano passado, ao incluir um alerta no rótulo das vacinas, que não são obrigatórias por lá.
Os americanos registram dados sobre eventos adversos, registrados no VAERS, coordenado pela FDA (Food and Drug Administration) e CDC. Mas esses dados documentam pouco mais de 1% dos casos e, talvez, estejam inconsistentes, depois de um apagão no banco de dados do serviço. A agência se recusou a entregar esses relatórios à imprensa.
Em paralelo, por iniciativa de alguns grupos, os americanos, diante da falha, resistência e burocracia da agência americana que regula e licencia o uso de fármacos, sua utilização ou prescrição médica, resolveram criar um serviço paralelo para registro de problemas com os imunizantes. O OpenVAERS, até o início de setembro, registrava mais de 30.000 mortes.
Para fechar esse ciclo de equívocos ou decisões erradas, o CDC reviu, em meados de agosto, sua política para a Covid-19, sugerindo uma abordagem individual para mitigar o risco da doença. Essa decisão, na prática, reconhece a proteção de quem já teve a doença, mas não foi vacinado. Também abandonaram a ideia de separar pessoas vacinadas daquelas não imunizadas. A decisão veio tarde e colocou em pauta a reestruturação da agência.
No Brasil, a ANVISA adota medidas polêmicas. Aprovou a recomendação de vacinação para crianças, sob a desconfiança de médicos. Libera o uso de vacinas vencidas em São Paulo e não investiga, com o rigor esperado, os casos, cada vez menos, raros de eventos adversos no país.
Após mais de dois anos de pandemia, estamos diante de perguntas cada vez mais inconvenientes e à espera de respostas. Boa parte delas sempre estiveram disponíveis e ignorá-las no passado, nos colocou diante de problemas graves.
A lista de candidatos a processos cresce à medida que as cadeias de comando são detalhadas e usurpadas. Definir os crimes parece ser menos complexo do que será responsabilizar e sentenciar os culpados que extrapolaram funções ou cederam a interesses ocasionais.
Dessa experiência desastrosa, fica a certeza de que nunca mais olharemos para os especialistas do mesmo modo. A Justiça e o sistema judiciário saem maculados, bem como políticos e oportunistas da área da ciência e saúde. Ao jornalismo resta procurar caminhos, porque jamais voltará a ser o que já foi um dia.