No final de abril, a Folha de São Paulo publicou uma entrevista com o infectologista David Uip. Ex-coordenador do Comitê de Contingenciamento do Governo de São Paulo, Uip teve Covid-19 em abril de 2020. O problema, na época, foi o aparecimento de uma cópia de receita atribuída ao médico, com a prescrição do uso da cloroquina. Uma das drogas amaldiçoadas de não ter comprovação científica.
O médico, infectologista, epidemiologista, sanitarista, professor e ex-diretor-executivo do Instituto do Coração de São Paulo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, processou o farmacêutico que vazou a receita.
Discussões éticas à parte, seja pelo crime de quebra de sigilo do farmacêutico ao vazar a receita ou do médico, infectologista, epidemiologista, sanitarista e professor, pela omissão da informação do uso do remédio que, parece, tê-lo ajudado na primeira contaminação. O episódio é emblemático para entender o que vai pela política e imprensa nacional.
Na entrevista, Uip diz que ele e a mulher, Tereza, foram diagnosticados com a Covid-19 ,e supõe que contraíram a doença em um casamento. “Sempre usamos máscaras. Mas tiramos para comer, e muitas pessoas se aproximavam para conversar“. A eficiência dos protetores faciais tem sido questionada desde 2020. Mas preocupante mesmo, é a sua afirmação: “Eu tinha acabado de tomar a quarta dose da vacina. Não houve tempo de fazer efeito“. Você não acha que a combinação dessas informações deveria suscitar outras questões fundamentais sobre as máscaras que não protegem ou as ‘vacinas’ que não imunizam?
A entrevista também trouxe um balanço dos atendimentos da C19 pelo Dr. Uip. Em dois anos, de acordo com a reportagem, foram tratados 2.200 pacientes. Destes, 850 foram internados. E 54 morreram. A curiosidade, que a imprensa não teve, trouxe perguntas, que o site Médicos Pela Vida teve a iniciativa de tentar responder e especular, sobre o resultado de médicos que administram o tratamento imediato para a doença. Os números merecem atenção, bem como a perseguição contra esses profissionais. No entanto, a imprensa não parece interessada. Por que?
Nesses descaminhos o Dr. David Uip processou o farmacêutico que vazou sua receita. A polêmica judicial, que começou em maio de 2020, chegou ao final, aparentemente, em março de 2021, com a condenação do farmacêutico que vazou a receita de cloroquina. Ele foi sentenciado pelo juiz Fabricio Reali Zia, do Juizado Especial Criminal da Barra Funda, na capital, que determinou o pagamento de R$ 11 mil. História interessante, cheia de contradições e conclusões, muito além dos tribunais.