Nessa altura dos acontecimentos, algumas mentiras são enterradas. Quem defendeu as medidas restritivas impostas por governos, pelo mundo afora, colhe os resultados desastrosos dessas decisões, devidamente registrados em 425 estudos, pesquisas, evidências ou relatórios. Os resultados desses desmandos autoritários vitimaram a economia, num primeiro momento, mas o estrago vai muito além.
No início de setembro, o The New York Times publicou uma reportagem, The Pandemic Erased Two Decades of Progress in Math and Reading (A pandemia apagou duas décadas de progresso em matemática e leitura), analisando os mais recentes resultados dos testes nacionais americanos, sobre o aprendizado de matemática e leitura, para crianças na faixa dos 9 anos. O desempenho das crianças caiu, assustadoramente, para níveis equivalentes há duas décadas.
Os especialistas ouvidos na reportagem avaliam que será preciso muito mais do que dias típicos de aula, para recuperar os dias perdidos com a pandemia. A discussão que se apresenta é que culpar a crise sanitária pelos efeitos produzidos é insistir na desinformação.
A leitura da reportagem do NYT parece eximir de responsabilidades, líderes, políticos e profissionais da saúde, em quase todo planeta, quando foram os responsáveis por determinar as medidas draconianas, que fecharam as escolas, em resposta à Covid-19. Em consequência, tenta minimizar a culpa do jornalismo que apoiou essas medidas, sem questionar ou dar espaço para outras opiniões.
É sempre bom lembrar que a Suécia deu respostas diferentes às emergências da pandemia. Lá, as escolas não foram fechadas e nem houve comprometimento do aprendizado. Os suecos passaram longe da devastação imposta às crianças em idade escolar, sem comprometer seus números de combate à pandemia.
Boa parte do mundo, à época, viu essas ações do governo sueco como uma irresponsabilidade. Suas autoridades foram duramente criticadas, muito embora havia quem já houvesse alertado para os riscos do lockdown. Reportagem do The Guardian, em 5 de junho de 2020, com a epidemiologista e professora da Universidade de Oxford, Sunetta Gupta, alertava para os altos custos dos bloqueios. Ela já havia questionado os cálculos adotados pelo governo britânico.
No Brasil, uma entrevista feita em 29 de setembro de 2020, pelo Jornal da Cidade e disponível no Youtube trouxe a visão do infectologista Dr. Ricardo Zimerman e do psicólogo e pesquisador, da Universidade Federal de Pernambuco, Bruno Campello sobre o coronavírus e a ineficácia dos lockdowns, propostos por governos estaduais.
Nada disto reverberou na grande imprensa. Longe de investigar, por aqui e no mundo, jornalistas abriram mão das perguntas e dúvidas. Autoridades públicas, em todas as esferas, certamente, à medida que as verdades começam a emergir, serão chamadas a responder por seus atos autoritários e sem qualquer respaldo científico.
Depois dos danos provocados à economia e às crianças em idade escolar, logo mais será a vez das vacinas. Autoridades sanitárias americanas liberaram vacinas para a Omicron e suas sub-linhagens, testadas apenas em ratos. A medida adotada pelo FDA está sendo severamente criticada, além de enfrentar o boicote de pais zelosos.
Por aqui, o governo autorizou doses de reforço para jovens e crianças, contra a Covid-19. Isto apesar dos vários eventos adversos que a mídia ignora e a ANVISA não investiga. A eficácia dessa terapia é discutível e as novas variantes oferecem risco desprezível aos contaminados.
É hora de se perguntar: por que a insistência na vacina, se ela traz mais riscos do que a doença que diz combater?