Esse cenário conflagrado e de informação única, sem dissidências, estava muito além da nossa realidade social e política. As ações e decisões dos governos mundo afora e organismos internacionais de saúde pareciam fazer parte de um bem estruturado plano de ação para enfrentar a crise. #Só que não!
Este site existe porque a mesma curiosidade e ceticismo que me moveu a escrever um livro, atrás de outras percepções e opiniões dos fatos, constatou, sem esforço, dissidências e outras palavras que pensava, via e explicava os fatos de outra maneira. Em alguns casos, muito mais lógico e estruturado.
Quanto mais encontrava ideias e percepções diferentes daquelas noticiadas, mais aumentava meu ceticismo e incredulidade com a imprensa. As regras elementares de ouvir o outro lado, checar as informações e confirmar fatos e biografias dos entrevistados foram simplesmente abandonadas. Por quê?
Os links e as fontes de pesquisa do livro serão compartilhadas nesse espaço. O exercício diário de checar informações, cruzar dados com duas ou três fontes diferentes, geraram um material de pesquisa rico, diversificado e dinâmico.
Os noticiários viraram reféns dos mesmos entrevistados. Poucas ideias novas e nenhuma divergência. Contraste total com a diversidade de informações diferenciadas na Internet. Parte dessa realidade é resultado da fragmentação do monopólio da informação que as redes digitais impuseram ao jornalismo.
A mesma Internet que dá acesso à uma imensa biblioteca e muda a nossa relação com a vida, pessoal ou profissional, é capaz de alterar drasticamente a economia. Seus efeitos não poupam nenhuma área e atingiram em cheio o jornalismo e a publicidade.
Essa foi uma variável a mais na hora de transformar essa pesquisa em um livro. Assim como seu desdobramento dinâmico para Internet e todas as suas manifestações. Essa realidade multifacetada, cheia de fontes, informações dinâmicas e vozes dissonantes precisa ser exposta e explorada.
Ao olhar para o material recolhido desde o primeiro trimestre de 2020, com os encontros e desencontros das autoridades, o oportunismo e a ganância de políticos, o fascínio egocêntrico dos especialistas e pesquisadores, impossível não ver que o jornalismo tinha um bom material para trabalhar e explorar.
Quando os maiores veículos da imprensa brasileira abrem mão da investigação e da divergência para criar um Consórcio de Veículos de Imprensa fica claro que a opção não foi técnica e sim ideológica. Boa parte dos profissionais de comunicação abriu mão das perguntas inconvenientes, trocou dúvidas incômodas por explicações duvidosas, abandonou a curiosidade e se dedicou a um jornalismo de consenso.
Esse site, longe das polêmicas científicas tem a singela pretensão de mostrar que há mais no quadro do que nosso olho vê. A ideia é trazer informações que você não verá nos veículos tradicionais. Longe das certezas é a dúvida que nos mantém vivos e nos faz evoluir.