A indústria farmacêutica transita entre a virtude e o vício. Desenvolver produtos que salvem vidas e lucrar à revelia dos meios e no limite da ética.
Por mais que se façam discursos altruístas sobre “salvar vidas”, essa é a meta secundaria do negócio. O objetivo primário, por mais cruel que pareça, é o lucro. Essa é a razão de ser da empresa.
Assim, não é de se estranhar que as indústrias farmacêuticas estejam sempre prontas para vender uma solução quando um problema que ainda não apareceu.
A grande questão não são os laboratórios venderem. O problema são os governos comprarem, sem questionamentos. O problema não é nosso. Isto ocorre, de forma sistemática, em grande parte do mundo.
Todos eles se apoiam na OMS e nas suas respectivas agências nacionais de saúde. Quando a OMS declarar uma pandemia, um mecanismo silencioso dispara uma série de ações nos gabinetes oficiais para a aquisição de vacinas e antivirais.
Cabe a essas agências validarem as soluções. Vale lembrar que por trás dessas instituições estão seres humanos passíveis de “erros” ou “influências indevidas”. Os dias extremos da C19 acabaram com o cinismo obsequioso que cercam essas agências e parte do seu staff. As relações promíscuas das Big Pharma, OMS e essas agências vieram à tona agora. Os casos mais expostos, naturalmente, estão nos EUA com o FDA, CDC, NIH, NIAID, entre outras. Mas esse não é um problema deles apenas. A atuação da ANVISA, por aqui, merece atenção.
Nesse processo todo, o papel da imprensa é fundamental. Alheio ao governo e aos laboratórios, espera-se que o jornalismo cumpra sua função. Investigue, faça perguntas incomodas e duvide das respostas. Que seja zeloso em dar transparência à burocracia dessas agências, seus membros e a indústria farmacêutica.
Espera-se…