A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, apareceu em cadeia nacional de rádio e TV, no dia 7, para anunciar o que a OMS comunicou no dia 5 de maio: o fim da emergência de saúde pública internacional, em vigência desde janeiro de 2020, com o aumento de casos de Covid na China.
Mas a ministra não fez apenas um comunicado. Ela fez um pronunciamento político e ideológico, com críticas à gestão anterior, o que é aceitável, mas não é recomendável. Misturou informação relevante e de interesse público com militância ideológica, incompatível com o cargo e naquelas circunstâncias.
Não bastasse a visão estreita da política partidária, a ministra mostrou desrespeito com a verdade. Registrou sua irresponsabilidade científica ao reafirmar a necessidade de intensificar a vacinação, na contramão de diversos países, quando afirmar que “as hospitalizações e óbitos pela Covid-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas”. Que o diga a Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, internada no INCOR, em maio, após 4 doses!
Pelo mundo afora é cada vez mais evidente e, não param de surgir provas, que a combinação de ideologia, política, negócios e ciência produziu resultados nefastos na gestão da pandemia.
Como acontece com as administrações de esquerda, além da ineficiência, transparência também não é uma qualidade presente nos seus processos. Ao reafirmar a necessidade das vacinas, Trindade ignora os debates que tomam as redes e os fatos que imprensa responsável traz.
Se a questão científica não a comove ou sensibiliza, a socióloga por formação (UFRN), com mestrado (UFPB) e dourado (USP) deveria tratar com apreço a verdade e as informações, bem como os interesses e grupos sociais envolvidos na sua manutenção.
À frente da Fiocruz desde 2016, antes de ser escolhida para o Ministério da Saúde, conhece bem os riscos que essa combinação de interesses oferece. Lidou com um incêndio devastador numa das áreas da Fundação. Tem pendência com a CGU, que investiga superfaturamento em 2020 vinculado a pandemia. Por conta disto, também tem investigação sobre os erros na pesquisa em Manaus. Por fim, há um inusitado pedido para construção de um cofre para guardar contratos sobre a vacina, firmados com a Astrazeneca e Universidade Oxford.
Diante desses casos, não deve ser por falta de experiência que a ministra mistura a questão científica com aspectos políticos e financeiros. A censura e o assassinato de reputações dos últimos tempos, talvez esconda um dos maiores escândalos de corrupção da saúde mundial.
Essas investigações começam a acontecer pelo mundo. O Brasil não é exceção. O que é estranho é ver a Ministra, socióloga, ignorar, assim como boa parte da imprensa, as evidências expostas em diversos documentos que indicam que a omissão de informações relevantes que podem ter sido a causa de inúmeras mortes, que poderiam ter sido evitadas com um debate sério, técnico e profissional do tema.
À medida que as informações ficam acessíveis, surgem mais perguntas à espera de respostas para entender porque elas não foram trazidas ao debate. Americanos, australianos, japoneses e europeus, em seus respectivos parlamentos, estão atrás de boas explicações. É preciso identificar e responsabilizar, civil e criminalmente, todos com participação.
Depois do Dr. Anthony Fauci, agora é a Drª Rochelle Walensky, diretora do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), agência federal dos Estados Unidos responsável pela promoção da saúde, prevenção de doenças e controle de surtos e epidemias. Ela pediu demissão (permanece no posto até o final de junho) após a divulgação de reportagem pelo DailyClout onde estão dados sobre “danos horríveis a fetos e bebês” em um documento chamado de Revisão Cumulativa de Gravidez e Lactação da Pfizer.
Essas informações estavam no Relatório 69 da Pfizer, revisado no dia 20 de abril de 2021, por Robert T. Maroko, disponível para o CDC. Apesar disto, três dias depois, a Drª Walensky, durante uma coletiva, deu início a uma campanha agressiva para a vacinação de gestantes.
Nessa entrevista, a Drª Walensky afirma “não foram observadas preocupações de segurança para pessoas vacinadas no terceiro trimestre ou preocupações de segurança para seus bebês”, apesar de dispor do relatório da Pfizer, com informações sobre danos causados à gestantes e bebês.
Essa é apenas uma das inúmeras divergências que rondam a pandemia. São indicadores de desvio de comportamento e imoralidades, de proporções épicas, entre funcionários, autoridades públicas, imprensa, comunidade científica e acadêmica. Será que isto não é notícia?
Um bom indicador sobre a veracidade dos fatos e a eminência do castigo que espreita muitos, está na quantidade de pesquisadores, cientistas, médicos e instituições, como Fiocruz e Butantan, e mesmo a imprensa, que estão apagando ou alterando posts e perfis nas redes.
Não sei como parte da imprensa e muitos jornalistas vão lidar com a culpa desse trabalho mal feito e suas consequências trágicas. No limite, foram os maiores disseminadores de fakes news. Contudo, talvez seja menos dolorido assumir ou admitir a própria incompetência?